sexta-feira, outubro 27, 2006

A Banca e as Taxas

Recebi este email e achei que devia-o partilhar com vocês porque realmente a nossa banca começa a exagerar um bocado:

Esta carta foi direccionada ao Banco BES, porém devido à criatividade com que foi redigida, deveria ser direccionada a todas as instituições financeiras.

CARTA ABERTA AO BES

Exmos. Senhores Administradores do BES

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. Rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.).

Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador.

Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado.

Que tal?

Pois, ontem saí do meu BES com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro serviço. Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.

Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.

Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri.

Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar. Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de conta".

Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria.

Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos.

Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro". Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobraram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua". A surpresa não acabou: descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente".

Mas, os senhores são insaciáveis.

A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer. Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/. Banco.

Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?

Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc., etc., etc. e que apesar de lamentarem muito e nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal.

Sei disso.

Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o v/negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

Sei que são legais.

Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis,tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Desert Rose - Sting

Poison - Alice Cooper

Manowar

domingo, outubro 22, 2006

Gardénia, uma flor especial

Infinito by Mafalda

terça-feira, outubro 17, 2006

Porto XXI - Projecto Esperança


Para todos aqueles que reparam na janela onde passam fotografias de crianças desaparecidas... aqui está mais informação.

"O que é o Projecto Esperança?


Não se pode exprimir por palavras a dor de um pai e de uma mãe ao perder o que de mais precioso têm na vida, o seu filho. Não existem palavras que traduzam o desespero e o sofrimento de uma criança a quem lhe é roubado o mundo em que vive.

Não queremos nem podemos ser indiferentes a toda esta infelicidade que nos rodeia, se cada um de nós der um pouco do seu tempo, do seu trabalho e da sua força podemos mudar algo. O nosso pouco pode levar muita esperança aos que dela vivem.

Desenvolvemos alguns cartões que poderá colocar facilmente no seu site pessoal, comercial ou blog. Estes cartões têm fotografias e informações de crianças desaparecidas em Portugal.

A internet é um poderoso recurso no combate a este tipo de problemas. Juntos poderemos levar estes rostos a milhares de pessoas.

Não permita que estas crianças caiam no esquecimento. Colabore! "

In Porto XXI - Projecto Esperança http://www.portoxxi.com/desaparecidos/

segunda-feira, outubro 16, 2006

Sítio Ideal para Viver: Verdade ou Consequência?


Vivo na cidade ideal para se viver.

Dúvide quem quiser mas é verdade.

Esta é uma cidade onde não existem assaltos, nem vandalismo, nem droga, nem violência e onde o nº de efectivos da PSP é mais do que suficiente e sobra!

Acreditem se quiserem mas se assim não fosse a PSP desta cidade não se poderia dar ao luxo de ter um carro parado na mesma estrada meses a fio, com 2 efectivos lá dentro e um radar na frente do carro.

Sim porque eu quero acreditar que não se trata de caça à multa...

Quero acreditar que eles só ali estão "plantados" porque o maior crime que existe nesta cidade é passar a Platex a 55 km /hora.

Porque se realmente houvessem outros crimes mais graves eles não estariam ali ou na rotunda da fonte parados, a ver o transito passar.

É uma vergonha este tipo de comportamento e são atitudes destas que desacreditam e dão má imagem à PSP.

Se realmente é assim tão perigo passar aquela estrada a mais de 50 km /hora, então porque não mandam os carros encostarem? O mesmo condutor vai lá passar durante 15 dias em excesso de velocidade até receber a multa em casa? Isto é que é prevenção?

Se querem prevenção coloquem sinalização com aviso de radar.

Coloquem semáforos com sensor de velocidade.

Tomem atitudes que credibilizem a PSP porque bem precisam.

Dear T.V. e Mafaldinha

domingo, outubro 15, 2006

Perdida


Caminho pelas ruas dos meus pensamentos
Sinto frio
Sinto dor
Mas não consigo parar
Apenas continuo a andar
A neve suave cede aos meus passos
E eu vou até África onde nasci
Recordo a mina infância
Imagens soltas, esbatidas pelo tempo
Regresso com dor à minha terra
Vejo amigos, momentos, brincadeiras
Vejo professores, cafés e jardins
Espero o 53 que não vem, que não pára
E recomeço a andar
Dou por mim perdida
Entre o que fui e entre o que sou
Perdida no passado em que vivo
Perdida no presente onde quero viver
Perdida no futuro pelo medo

Mais Gaudi... Uma das minhas fotos favoritas

Morte e Saudade


Uma parte de mim acabou, acabou no passado dia 11 de Outubro.

A minha avó faleceu, aos 87 anos de vida.

Para todos os que não me conhecem, para os que me conhecem, para os meus amigos, ou seja, para todos, a vida é assim, ela já tinha muita idade, já era de esperar mas não para mim!

Por uma pessoa já ter uma idade avançada amamos-a menos? Dói menos? Não!!!!

Era a minha avó, e com ela foi mais um bocado da minha vida, do meu passado, sinto-me só, sinto-me cada vez mais só. Era a minha avó que me contava coisas de quando eu era pequena. Era a minha avó que contava como a minha mãe era quando era pequena. Foi ela que tomou conta de mim quando eu nasci.

Um dia no Externato Camões, o professor de português mandou-nos que escrevessemos uma carta a uma pessoa de quem gostassemos muito. Eu tinha 10 anos e foi à minha avó que escrevi a minha carta.

Eu amava muito a minha avó e só de pensar que ela não vai estar mais ao meu lado, que não vai mais brincar com as traquinices da minha caçula, que não vai mais ver as minhas filhas crecer... o meu coração parece que vai partir.

Tento acreditar que um dia nos vamos encontrar mas sou demasiado ceptica. Tento acreditar que ela, neste momento, está reunida com a minha mãe e que juntas vão olhar por mim, pelas minhas filhas.

Meu Deus como deve ser bom ter fé.

Mas aquilo que é real, aquilo que ficou, foi a imensa saudade que eu sinto de ouvir a sua voz, de lhe contar o que fizeram as miúdas no infantário, de partilhar com ela todos os pequenos momentos da minha vida.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Publicidade na Televisão


A cada dia que passa vejo menos os canais de televisão portugueses e um dos grandes motivos é a publicidade que lá passam.

Se estou a ver o telejornal da SIC ou da TVI e vem um intervalo, lá estão os fabulosos spots publicitários sobre alguém que vai a caminhar na rua e leva com uma mistela nojenta pela camisa abaixo, já não basta ver a falsa educação portuguesa quando isso acontece (no meu caso particular, se alguém me atirasse propositadamente com aquela porcaria nojenta para cima, eu iria insultar a dita criatura com tudo o que tenho direito por ser do Norte mais tudo o que me ocorresse naquele momento), mas ainda temos de ouvir aqueles "UAUUUU" como se alguém neste planeta acreditasse que aquele detergente fosse capaz de limpar completamente a dita camisa.

Pior só mesmo a EVAX e aquela mania de pagar tempo televisivo em horário nobre... como é agradável termos de ver muitas e muitas vezes os seus spots de pensos higiénicos enquanto tentamos jantar!!!!

Os spots da Dodot são também espantosos... já não basta eu andar a ver as fraldas ao vivo e a cores há 5 anos e meio, (não! a minha filha já não usa fraldas mas quando uma parou... começou a outra), como ainda tenho de as ver na tv.

Ainda bem que a Scotex pelo menos mostra o cão... mas para compensar temos de ver os Kandoos!

E depois de tudo isto, já nem sequer me lembro do que estava a ver na televisão porque já passaram 20 minutos e eles ainda estão na publicidade.


Mudo para os canais da TV Cabo, que pago mensalmente, e também eles já começam a passar publicidade... aos bocadinhos... mas não tarda estão lá os penso higiénicos, os detergentes miraculosos e as fraldas!

Ainda bem que inventaram os leitores de DVD!

:)

domingo, outubro 08, 2006

Anúncio Português Premiado Internacionalmente

Está realmente muito bom:

Alzheimer


rd

Gaudí: a Arquitectura que mais me tocou

Quando depois de muito andar perdida na mesma Avenida em Barcelona os meus olhos se depararam com a Sagrada Família, tive a sensação de que estava perante uma cena do filme do Senhor dos Anéis.

Era noite, a Sagrada Familia estava toda iluminada, um fascínio que me fez prender o olhar e pensar em como alguém conseguiu visualizar algo tão surreal.


Gaudí (Antoni Gaudí i Cornet) viveu entre 1852 e 1926, foi um arquitecto catalão e é um dos símbolos de Barcelona, onde estudou e passou grande parte da sua vida. Aparece como um arquitecto de novas concepções plásticas ligado ao modernismo catalão.

Os seus primeiros trabalhos possuem claras influências góticas e da arquitetura catalã tradicional.

Com o tempo, entretanto, passou a adoptar uma linguagem escultórica bastante pessoal, projectando edifícios com formas fantásticas e estruturas complexas. Algumas de suas obras-primas, mais notavelmente a Catedral da Sagrada Família possuem um poder quase alucinatório.

O projecto da Sagrada Família começou quando Gaudí tinha 31 anos e foi o último da sua vida, pois dedicou-lhe 40 anos da sua vida... e esta obra nunca ficou concuída.

Politicamente, Gaudí foi um fervoroso nacionalista catalão. (ele foi certa vez preso por falar em catalão em uma situação considerada ilegal pelas autoridades).





Barcelona

Casa Milà

sábado, outubro 07, 2006

Você é o 1000 cliente!

Quando eu era criança, é verdade que já foi há muito muito tempo... adorava ler os livros do Patinhas, Mickey, Pateta, Donald, velhos tempos aqueles.
E em alguns deles aparecia a cena de alguém entrar numa loja e dizerem "Você foi o 1000 cliente de hoje! Temos um prémio para si!".

Pois bem, hoje o meu blog atingiu as 1000 visitas e para si tenho uma taça de champanhe e um obrigado a todos aqueles que visitam o meu blog e leêm as minhas ideias, brincadeiras e comigo partilham momentos e estados de espirito.

Claro que a estes tinha de retirar os enganados porque a ver pelas estatisticas existem pessoas a visitar o meu blog nos EUA, India, Singapura, Ucrânia, Arábia Saudita e em países de que nem nunca ouvi falar mas como cá vieram parar nem desconfio... e como vieram porque quiseram... aqui ficam para a estatistica!

Beijinhos para todos e voltem sempre.

RD
:)

Halloween


No dia 5 de Outubro fui ao Porto e depois de almoçar com a familia não resisti a ir tomar um cimbalino ao Parque Nascente para ter algum contacto com a civilização de que tanto gosto.

Não tinha combinado nada com ninguém porque se tratava de uma visita de médico, cheguei à hora de almoço, tomei o tal cimbalino, regressei a casa, cantamos os parabéns à minha avó e... regresso à vista.



Mas tive sorte e quando espreitava uma loja apareceu a minha comadre e seu respectivo marido... fomos andando os 4 e enquanto esperavamos que ele metesse o euromilhões, reparei que a tabacaria estava cheia de máscaras, chapéus e tudo o que mais existe para o Halloween.


Halloween? Em Portugal? Está tudo a ficar doido de vez?


Queremos trazer para cá qualquer tradição desde que isso dê dinheiro a alguém, já acho errado mas pior ainda é deturparmos as tradições dos outros.


O Halloween é festejado no dia 31 de Outubro porque é o dia anterior ao "Dia de todos os Santos" e a sua principal representação são as crianças com o seu "Travessuras ou Gostosuras" (Trick or Treat) porta-a-porta e as suas abóboras com olhos, bocas e luz.
Mas os portugueses decidiram transformar isso num 2º Carnaval onde o único propósito é mais uma festa com toda a gente fantasiada.

Mas é apenas uma opinião!

terça-feira, outubro 03, 2006

Dinheiro não é tudo!